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Junho Vermelho conscientiza para a importância da doação de sangue


Saiba os requisitos necessários para se tornar um doador


Realizada anualmente no Brasil desde 2015, a campanha Junho Vermelho tem como objetivo reforçar a importância da doação de sangue como um ato de solidariedade que salva vidas.

Quando os estoques de sangue ficam em níveis críticos, o atendimento aos pacientes que precisam realizar cirurgias ou transfusões de sangue, seja por acidente ou tratamento de alguma doença, fica comprometido. Por isso, é de extrema importância que cada vez mais pessoas façam doações de sangue regularmente.

Quem pode doar sangue

Para fazer uma doação de sangue, é preciso seguir alguns requisitos. São eles:

• Portar documento oficial e original de identidade com foto e dentro do prazo de validade (RG, carteira profissional, carteira de habilitação); • Ter entre 16 e 69 anos de idade, sendo que a primeira doação deve ter sido feita até 60 anos incompletos. Os doadores com menos de 16 anos devem estar acompanhados pelo adulto responsável;

• Pesar no mínimo 50kg;

• Estar em boas condições de saúde;

• Estar alimentado, porém sem ter feito refeições pesadas (gordurosas) nas três horas que antecedem a doação.

Não estão aptas a doar sangue as pessoas que possuem um risco maior para doenças transmissíveis pelo sangue, como usuários de drogas injetáveis e inalatórias, que têm prática de sexo não seguro ou se relacionam sexualmente com pacientes vivendo com Aids, hepatite ou outras infecções sexualmente transmissíveis (ISTs).

Se atenderem a todos os requisitos, homens podem doar a cada dois meses, com limite máximo de até quatro vezes no ano. Mulheres só devem doar sangue a cada três meses, com no máximo três doações em um ano.


Onde doar

A Colsan (Associação Beneficente de Coleta de Sangue) tem três pontos de coleta de sangue ativos no município, com funcionamento de segunda a sábado, das 8h às 13h, exceto feriados: o Hospital Municipal Dr. Carmino Caricchio, no Tatuapé, o Hospital do Servidor Público Municipal, na Aclimação, e o Hospital Municipal Dr. Fernando Mauro P. da Rocha, no Campo Limpo.

Além disso, a Fundação Pró-Sangue abastece mais de 100 instituições de saúde da rede pública na capital. O agendamento da doação pode ser feito pelo site.


Saiba mais sobre sangue e a importância de sua doação

Junho Vermelho é dedicado à conscientização sobre a importância de tornar-se um doador.


Desinformação e medo estão entre os motivos para a falta do hábito de doar sangue no Brasil. A estimativa é de que apenas 19% da população doe sangue regularmente (ao menos uma vez por ano), o que deixa hemocentros e hospitais com estoques permanentemente baixos. É para mudar esta realidade que, em 2015, o Ministério da Saúde (MS) instituiu a campanha Junho Vermelho, que mobiliza hemocentros, órgãos e instituições de saúde em todo o país. Como parte desta iniciativa, veja algumas informações sobre o sangue e o processo de doação.


O que é o sangue? É um elemento essencial à manutenção da vida. Ele é considerado um tecido líquido que circula pelo corpo com funções como levar oxigênio e nutrientes a todos os órgãos, defender o organismo contra infecções e participar na coagulação. Vários elementos o compõem: plasma (55%), hemácias (glóbulos vermelhos, 40%), leucócitos (glóbulos brancos – 1,5%) e plaquetas (3,5%).


Quanto sangue temos no corpo e quanto é retirado em uma doação? Um adulto possui cerca de 5 a 6 litros de sangue em seu corpo, e a quantidade máxima retirada em uma doação é de 450ml. Vale lembrar que uma única bolsa de sangue pode salvar até quatro vidas.


O que são um doador “universal” e um “receptor universal” de sangue? O tipo considerado “doador universal” é o O-, enquanto o AB+ pode receber de todos os outros tipos. A chamada compatibilidade sanguínea é sempre observada no processo de doação para evitar problemas de coagulação no receptor. Quando sangues de tipos incompatíveis se misturam, acontecem reações imunológicas entre as substâncias das hemácias (aglutinogênios) e do plasma (aglutinina).

No Brasil, os tipos mais comuns de sangue são A e O, que correspondem a quase 90% da população. O restante é formado por B (10% das pessoas) e AB (3%). Quanto ao Rh (positivo ou negativo), aproximadamente 85% das pessoas são positivas.


Que casos necessitam de doação de sangue? O sangue doado é utilizado para pessoas com doenças hematológicas variadas e câncer, pessoas que se submetem a cirurgias eletivas de grande porte e para emergências.


Podemos doar sangue quantas vezes quisermos? O limite de doações por ano é de quatro vezes para homens (60 dias de intervalo entre as doações) e de três vezes para mulheres (90 dias de intervalo). Esse intervalo tem o objetivo de proteger a saúde do doador.


Que testes são realizados no sangue coletado? São realizados testes de tipagem sanguínea, triagem para Doença Falciforme (hemoglobina S), além de exames para hepatites B e C, HIV I, sífilis, Doença de Chagas e HTLV I/II.


Por que os hemocentros ressaltam a importância de ser transparente na entrevista realizada antes da doação? Porque uma bolsa contaminada pode provocar sérios problemas a quem recebe o sangue. Algumas doenças graves transmitidas pelo sangue, como as hepatites B e C e a Aids, por exemplo, precisam de um tempo para serem detectadas em exames. Esse período é conhecido como janela imunológica e, durante essa fase, a pessoa portadora desses vírus pode apresentar exames negativos e, mesmo assim, transmitir a doença. Por isso, antes da doação, é importante consultar quem pode e quem não pode doar sangue, além dos impedimentos temporários para a doação.


Para onde vai o sangue doado? O sangue doado nos hemocentros é fracionado e enviado aos hospitais e pacientes que estejam necessitando. Após ser fracionado, o sangue gera quatro hemocomponentes principais:

Concentrado de hemácias (CHM) – é a parte vermelha do sangue que contém as hemácias, células sanguíneas, responsáveis pelo transporte do oxigênio para todo o corpo humano.

Concentrado de plaquetas (CP) – é um componente claro, que contém as plaquetas, células responsáveis por um dos mecanismos de coagulação que impedem a continuidade do sangramento formando um tampão nos vasos sanguíneos.

Plasma fresco congelado (PFC) – é a parte líquida do sangue, clara e que contém fatores de coagulação responsáveis pelos outros mecanismos de coagulação, além da plaqueta.

Crioprecipitado (CRIO) – é um precipitado rico em fator VIII, fator XIII e fibrinogênio, muito utilizado para distúrbios de coagulação adquiridos por falta destes elementos.


Que tipo de controle se mantém sobre o sangue doado? O sangue é rotulado de forma a permitir sua rastreabilidade (possibilidade de identificar a origem do sangue doado em caso de reações adversas no receptor), porém, preservando o sigilo do doador. De acordo com a legislação brasileira a confidencialidade dos dados dos doadores deve ser mantida em todas as fases.


A Associação Beneficente de Coleta de Sangue (Colsan) é responsável pelos bancos de sangue nos hospitais municipais. Consulte aqui os endereços dos hemocentros e também como realizar o agendamento online.



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